About Dating

Hong Kong, HK

ENG//POR

Sometimes I wonder what leads people to read my blog. I believe that part of the readers knows me, and they want to know how I am doing. On one hand, this would explain why people read it. However, on the other hand, there are relatively a lot of other strangers who also follow my blog. Then I ask myself for what reasons would lead someone who doesn’t know me to read my personal stories? Since my blog began there hasn’t been a single day without a visit. What is it so interesting here? Well, I suspect that people like to read personal stories, and mostly, honest ones; and that is what I’ve been trying to do. And it's not an easy job. The blog is sort of a therapy for me. I feel the need to write down thoughts and emotions that I think are important, and I don’t want to forget them, not right now. So, on this post, I decided to talk about a very personal issue: dating.

When I was in Southeast Asia I had an opportunity to join a voluntary group that helps the poor and the ones in need. It was a very pleasant night, and after helping the people, we had dinner. Everything was calm until a woman, who was sitting in front of me, started to stare at me. Suddenly I began to suspect that I was the matter of her conversation. She was talking and laughing. I don’t remember the exact word she used (an onomatopoetic one), but it sounded like she was suggesting that I was handsome; at least in her perspective. Afterwards she took out her phone from her purse and made a call. Definitely she saw a couple in her mind. And how did I know that? Pay close attention to the details, dear Watson. Bingo, after the call she told me that she wanted me to have a date with her niece; and if I understood properly, she was the model of the city that I was going to in a few days.

After the divorce I started to read stories about the things I should expect. And one frequent question of someone who is going through the same situation is: when/how do I know that I am ready to see someone again? The truth is that there isn’t one answer for this question because it is very personal. However, the only thing I know, according to many stories that I’ve read, is that the grieving period has to be completed and respected before trying to get into another relationship; and this period varies from person to person. The end of the grieving is the end of a cycle. And we need to close it before moving on.

When I was at that dinner I felt I was still grieving. That’s why I wasn’t into dating someone else. What I really wanted was to be alone and to travel. However, since making local friends was one of the challenges I had for myself, I decided to call the model and ask her on a date. Unfortunately or fortunately she didn’t pick up the phone and didn’t even answer my messages. I understood that she was shy with all her aunt’s pressure of going on a date with a stranger. Nevertheless, all of this made me reflect a lot about the future time of when I could start dating someone else. Cause, life has to move on right?

I don’t have much experience with dating. I can count the number of dates I had . But as far as I know I am a clumsy and a romantic date . This means that I’m one of those guys who steps on the girl’s feet during a dance, but I will be very caring until the night ends. Maybe I can even make her fall unintentionally. Yes I know, it sounds more like a ruined night rather than romantic. So, if you’re going to dance with me, for your own safety, please come with cleats, socks and shins. ;)

But… how will it be when the time of dating comes? Honestly I thought a lot about it.  Because dating again is a huge challenge for someone divorced. I thought so much that I got tired so I decided to stop thinking. It’s redundant, I know. I came to a conclusion that thinking means worrying; and the more I worry, the less natural it would be when the time comes. By having worried so much, I would be spoiling a surprise, whatever that is, of the night. To sum up, in terms of dating, I think it is better to be vulnerable and spontaneous rather than cautious and too meticulous. It is much better to be a happy surprising date rather than a boring one. Am I right?

Proofreading by Julie Ahn

Saindo a dois

Às vezes eu me pergunto o leva as pessoas a lerem o blog. Eu acredito que parte dos leitores são pessoas que me conhecem e que desejam saber como eu estou. Até aí isso explicaria o porquê dele ser lido. Todavia, há muitos outros leitores “estranhos” seguindo também. Então eu me pergunto por qual razão levaria uma pessoa que não me conhece a ler as minhas histórias pessoais? Além do mais, desde que o blog começou não há um dia sequer que ele não seja visitado. O que há de interessante aqui? Bom, a minha suspeita é que as pessoas gostam de ler histórias pessoais, e principalmente honestas; e é isso o que eu tenho procurado fazer. Tarefa difícil essa. O blog é uma espécie de terapia para mim. Eu sinto a necessidade de registrar pensamentos e sentimentos que acho importante, pois não quero perde-los nessa fase que tenho vivido. Então, neste post eu decidi tratar de um assunto muito pessoal: saindo a dois.

No Sudeste da Ásia eu tive a oportunidade de me juntar ao um grupo de voluntários que assiste aos pobres do bairro. Foi uma noite bem agradável, e logo depois de servir às pessoas, fomos jantar. Tudo estava bem tranquilo até que uma senhora, que estava sentada à minha frente, resolveu ficar me “encarando”. Num dado momento comecei a desconfiar de que eu era o assunto dela. Ela falava com as pessoas e dava risada. Não lembro exatamente a palavra que ela usou (alguma onomatopeia), mas a frase dela parecia sugerir que eu era bonito; pelo menos na perspectiva dela. Logo depois ela sacou o celular da bolsa e ligou para alguém. Definitivamente ela tinha um par na mente. Como eu soube isso? Siga as pistas e não perca os detalhes, meu caro Watson. Batata, depois de terminar a chamada ela disse que eu teria que sair com a sobrinha dela; e se eu entendi direito, ela era a modelo da cidade que eu iria passar em alguns dias.

Depois da separação eu comecei a ler coisas sobre o pós-divórcio. E uma pergunta recorrente de quem já passou por isso é: quando/como eu sei que posso sair/relacionar com alguém de novo? A verdade é que não existe uma resposta definitiva para essa pergunta porque ela é muito pessoal. Entretanto, a única coisa que eu tenho certeza, segundo vários depoimentos que eu li, é que o período de luto precisa ser cumprido e respeitado antes de tentar partir para uma outra; e esse tempo varia de pessoa para pessoa. O fim do luto é o fechamento de um ciclo. E nós precisamos fecha-lo antes de seguir adiante.

Quando eu estava naquele jantar eu sentia que ainda estava nesse período. Por isso, não estava muito a fim de sair para conhecer alguém. Eu queria mesmo é ficar sozinho e viajar. Todavia, como fazer amigos locais era um dos meus desafios, decidi ligar para o número que me foi dado para marcar o encontro. Infelizmente ou felizmente ela não atendeu aos telefonemas e nem respondeu às minhas mensagens. Entendi que ela deve ter ficado tímida com toda essa pressão da tia querendo que ela saísse com alguém desconhecido. Porém, tudo isso me fez refletir bastante em como será quando eu tiver que sair a dois novamente. Afinal, a vida tem que seguir certo?

Eu não tenho muita experiência em encontros. Tive pouquíssimos. E se eu fosse definir qual é o meu estereótipo de acompanhante seria: desengonçado e romântico. Isso quer dizer que sou daqueles que tropeça e pisa o pé da moça durante a dança, mas que vai ser carinhoso até que a noite acabe. Talvez eu até dê uma rasteira sem querer. Eu sei, isso está cheirando mais para uma noite arruinada do que romântica. Então se for dançar comigo, para a sua própria segurança, venha de chuteiras, meião e caneleiras. ;)

Mas... como será quando eu tiver que sair de novo? Sinceramente eu pensei muito nisso. É muita coisa que passa pela cabeça de alguém que já foi casado e que vai ter um novo encontro. Pensei tanto que fiquei cansado e, resolvi desistir de pensar. É redundante mesmo. Cheguei à conclusão de que o pensar muito significa muita preocupação; e quanto mais preocupação, menos natural irá parecer pois eu estaria tentando prever cada passo e reação do encontro. Dessa forma eu estragaria a surpresa, qualquer que seja, da noite. Para resumir, em termos de encontros, acho que é melhor ser vulnerável e espontâneo do que precavido; ou ser um surpreendido feliz do que meticuloso sem graça. Certo?