Mountains

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I’ve been experiencing drastic changes these last few months. Almost four months ago I changed my job, friend’s circle, and country, without having enough time to plan properly for any of them. When people start to ask me questions like: what I am doing now, how I came here or why I moved; I don’t know where to start because even I don’t know the right answer (if there is one). My hope is to better organize my thoughts through the following posts. That’s one of the reasons why I write.

Well, probably you already knew that I was working with photography and I have also started a project with two friends of mine. Everything was doing very well, and our project was thriving better than I hoped. It’s very special to closely see something that you helped to create grow. However, my constant travels to the North hemisphere signalled a possibility of change ahead.

My friend Tae and one of his friends were involved in a project in Los Angeles. Tae was counting on me to move to California in the near future. However, for me, that future wasn’t too close. Why should I think about moving out when my project was doing well? Moreover, I felt that I was fairly adapted in my new reality after the travel. Definitely, moving abroad wasn’t in my plans. So what did make me change my mind? One day, in one of my travels to the States, I had a glimpse of how would it be if three of us worked together. Honestly, I don’t know how to explain but I felt that we were supposed to work together. An intuition. Since then, I realized that the possibility of moving to California was not that far ahead. After one month, I took a flight with 4 bags to my new home.

Honestly I don’t know anymore where I’m going. And it is really hard for me to deal with this uncertainty. I miss the things that I used to do in the past. Being a youth pastor was a privilege, and I know that teaching is my ultimately vocation. But today, I live in a hiatus between my calling and being in entrepreneurship. I’m aware that somehow everything will lead to accomplish my vocation in this life. But the most difficult thing is to deal with the feeling that this hiatus is extending even more.  As a result, the ultimate goal is getting beyond my sight. I feel like a climber who was climbing the mountain of his life. He prepared himself psychologically and physically for the challenge for a long time. He starts his journey well, and everything was predicable and under control. However, in middle of the path he got injured and that pushed him to give up and come back home. During the recovering process, he finds out that he will not be able to climb anymore. And if he still wants to conquer the mountain, he needs to take another path and walk a very long trail that goes around the mountain. This path gives him the feeling that he’s walking in endless circles. And when you walk in circles, the progress is slow, very slow.

I’m not sure how many laps I have to go around in order to achieve the top. And also I don’t know how long it will take for me to get there. Sometimes I think it is necessary to keep going in this track because maybe I will find things that will help me to complete the journey ahead, even though when few things make sense. Two things I know for sure: first, future is always uncertain; and second, no action no progress. So, let’s keep moving.

proofreading by Julie Ahn

//Português

Montanhas

Nos últimos meses, tenho vivenciado mudanças drásticas. Há quase 4 meses atrás eu mudei de trabalho, de círculo de amigos, e de país, sem ao menos ter tido tempo para planejar tudo. devidamente. Quando as pessoas começam a me fazer perguntas como: o que eu faço, como eu vim para aqui ou o porquê eu me mudei; eu não sei por onde começar porque nem eu mesmo sei a resposta certa (se é que há alguma). Minha esperança é poder organizar melhor meus pensamentos por meio dos próximos posts. Esta é uma das razões pelas quais eu escrevo.

Bom, provavelmente você já sabia que eu estava trabalhando com fotografia e que eu havia começado um projetos com duas amigas minhas. Tudo estava indo muito bem, e nosso projeto estava florescendo melhor do que eu esperava. É muito especial poder ver de perto algo que você ajudou a criar crescer. Entretanto, minhas constantes viagens ao hemisfério Norte estavam sinalizando uma possível mudança à frente.

Meu amigo Tae e um dos seus amigos estavam envolvidos em um projeto em Los Angeles. O Tae já estava contando comigo na Califórnia num futuro próximo. Porém, para mim, este futuro não estava tão perto assim. Por que eu pensaria em mudar quando o meu projeto estava indo bem? Além do mais, eu já me sentia relativamente adaptado à minha nova realidade depois da viagem que tinha feito. Definitivamente mudar estava fora dos meus planos. Então, o que me fez mudar de ideia? Certo dia, numa das minhas idas aos Estados Unidos, eu tive um vislumbre de como seria se nós três trabalhássemos juntos. Sinceramente eu não sei como explicar, mas, eu senti que iríamos trabalhar juntos. Uma intuição. Desde então, eu percebi que a possibilidade de me mudar para a Califórnia não estava tão distante assim. Depois de um mês eu peguei um avião com quatro malas para a minha nova casa.

Honestamente eu não sei para onde vai a minha vida. E para mim, é muito difícil de lidar com essa incerteza. Eu sinto falta das coisas que eu fazia no passado. Ser um pastor de jovens é um privilégio, e eu sei que ensinar é minha última vocação. Mas hoje, eu vivo um hiato entre meu chamado e ser um empreendedor. Estou ciente de que de alguma forma tudo irá contribuir para que eu complete minha vocação nesta vida. Porém, o mais difícil é lidar com o sentimento de que este hiato está se estendendo cada vez mais. Assim, tenho visto o objetivo da minha vida ir para além da minha vista. Eu me sinto como um alpinista que estava escalando a montanha da sua vida. Ele se preparou psicologicamente e fisicamente para o desafio por muito tempo. Ele começa a sua jornada bem, e tudo estava sob controle e conforme o previsto. Entretanto, no meio do caminho e sofre um acidente que o força a desistir e a voltar para casa. Durante o processo de recuperação, ele descobre que ele não será mais capaz de escalar novamente. E se ele ainda quiser conquistar a montanha, ele precisa pegar um outro caminho e caminhar uma longa trilhar que contorna a montanha. Este caminho dá a ele a sensação de que ele está andando em círculos sem fim. E quando você anda em círculos, o progresso é lento, muito lento.

Eu não tenho certeza de quantas voltas eu terei que dar para que eu alcance o topo. E também não sei quanto tempo levará para chegar lá. Às vezes eu penso que é necessário continuar nesse caminho porque talvez eu encontre coisas que me ajudarão a completar a jornada, mesmo que poucas coisas façam sentido hoje. De duas coisas estou certo: primeiro, o futuro é sempre incerto; e segundo, sem ação não há progresso. Então, vamos continuar caminhando.